













































MODULUS HABITAÇÃO TEMPORÁRIA PÓS-DESASTRE
Os desastres são apenas classificados dessa forma, quando eventos naturais ocorrem em áreas povoadas, causando a destruição da infraestrutura local e levando a danos humanos, posicionando a população em um estado de privação e sofrimento (COSTA, 2015). Por vez os eventos se co-relacionam com a situação do local afetado, quando desastres são quantificados conforme o dano e os prejuízos causados e os eventos, pela magnitude, e a intensificação do dano se dá pelo quantitativo da magnitude do evento sobre o local, estando ele vulnerável, logo, intensificará a ação do desastre.(CASTRO, 2019).
Segundo Valencio (2010), para os órgãos responsáveis, desastre é fruto da ignorância dos afetados, sobre a forma de lidar e construir o meio em que habitam, tendo então como didática de resposta e compensação, o discurso de que, dotando a população de conhecimento e provendo assistência humanitária após a ocorrência de catástrofes, levará à diminuição instintiva da vulnerabilidade, fugindo do aspecto histórico de formulação do território, onde os marginalizados são os mais afetados e expostos, por serem desprovidos de estrutura e direitos de cidadania outrora concedidos às centralidades. Partindo do pressuposto que o aumento constante do grau de vulnerabilidade é um estado ainda intangível de ser estagnado, foi pensado o desenvolvimento de um equipamento que proponha a redução da desqualificação do indivíduo afetado pelo desastre e proporcione no âmbito da arquitetura o conforto para os afetados, de modo a se ter o desenvolvimento coletivo na recuperação aos danos sofridos.
O projeto (MODULUS) é estabelecido na intenção de frisar o processo de elaboração de um conjunto modular edificável que promova a inclusão e participação mútua dos vulneráveis, no reestabelecimento de seu habitar, implementado na fase seguinte à que já se tem a estabilização das famílias e seu encaminhamento aos abrigos de emergência (MARINHO 2013).
Possuindo flexibilidade para possível implementação em diversas localidades, pela adaptabilidade da estrutura, será apresentado em âmbito de estudo experimental de implantação, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em ponto de intersecção entre as regionais norte e Pampulha, que em um estudo realizado em 2020, pela Secretária Municipal de Política Urbana (SMPU), foi se alertado sobre o aumento da vulnerabilidade ao longo dos anos que se seguirão devido ao histórico de recorrência de acometimentos meteorológicos na capital, cuja proximidade é adequada ao atendimento da população do bairro denominado “Vila Aeroporto”.
Seguindo então direcionamentos e estratégias de abordagens sobre desastres, será realizada análise dos principais condicionantes projetuais, presentes no local designado, de modo a se estabelecer adequado atendimento às demandas necessárias e possibilitando o incentivo e apoio na retomada das atividades corriqueiras, anteriores aos desastres, daqueles que foram afetados pelo mesmo (LIZARRALDE; JOHNSON; DAVIDSON, 2010).
2022
Trabalho de Conclusão de Curso
entre a arquitetura e o design
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